sábado, 27 de setembro de 2014

De "Chicão" a "Chiquitito"



Começaram a dar o golpe de misericórdia no "Velho Chico" com aquela historinha furada de Transposição... população imbecil iludida... comunidade científica (com raras exceções) mais preocupada em gerar artigos para aumentar o conceito CAPE$  do que em participar efetivamente, junto a comunidade, nas coisas que eram decididas no âmbito político-econômico nacional  (sem bom conceito não se obtém capital para os projeto$ dos in$tituto$, não se paga as Bol$as de produtividade das divindades, nem a bolsa miséria dos pós graduandos, e tampouco consegue-se sustentar  a estrutura de  vassalagem, mas isto já é uma outra pauta).




LUZ PRA TODOS e água para alguns... Fecha aqui, cerca ali, desvia acolá...uma Hidrelétrica cá, uma PCH acolá... e assim vai-se o “Velho Chico” ...agonizante a um bom tempo e agora com suas artérias principais secas!



A ti que outrora foram concedidos os apelidos de “rio das borboletas”, em virtude da sua bondade em permitir que as canoas a vela navegassem, ou Nilo Brasileiro, ou ainda Rio da integração Nacional, peço desculpas!



Quem diria “Velho Chico”, que de “Chicão” fosse chegar a “Chiquitito”...pobre Chico!

Adeus "Velho Chico"... morre contigo a história de um povo sofrido, povo descrito como "Hércules-Quasímodo" por Euclides da Cunha... Primeiro "rasparam sua cabeça, cílios e até o ânus", depois entupiram suas artérias com "colesterol de concreto"...

Adeus Velho Chico! e desculpe-me...desculpe-me por fazer parte de uma espécie de monstro parasita que, desordenadamente, foi sugando sua vitalidade...

Pobre velho chico... pobre sertanejo...mas a TV só se fala do absurdo que é a seca na Capital do Brasil -SP.

A minha região Natal, o do vale do São Francisco, é das mais atingidas pelas circunstâncias em apreço. As águas dos rios DECRESCEM assustadoramente de volume, devido a destruição das matas pelas quimadas, e à erosão constante das cachoeiras (...) A vegetação se torna cada vez mais precára, e a falta de uma iniciativa inteligente, aproveitando os elementos inteligentes,  reduz as populações à penúria,  obrigando-as a fugirem em massa à procura do litoral.– Carta de Geraldo Rocha a Getúlio  Vargas, Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1941.




Igor Monteiro

27 de setembro de 2014 (O ano que teríamos carros voadores e casas no espaço)

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