quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mutatis mutandis statu quo

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Vida... termo utilizado por todo o mundo mas que é tão sublime que nossa mente da maneira que foi criada não consegue dar uma definição... existem muitos conceitos do que seria vida mas nenhum deles foi postulado.

Com o avanço do mundo moderno os padrões de "vida" mudaram, alimentos cada vez menos saudáveis, a tecnologia promovendo um sedentarismo tóxico em nome do conforto, a atmosfera cada vez mais in-respirável, etc..etc..etc.. Com estes novos padrões de "vida"(?) doenças novas surgem, outras antigas se tornam mais frequentes e cada vez mais mortais.

Nossa inteligenzia nos permite ser o único ser que consegue prolonga-la, tentando tardar[inutilmente] a hora da morte, inutilmente porque conseguimos prolongar a "vida", mas sem qualidade,tendo que usar drogas tóxicas que atingem nosso organismos para tratar uma parte, e para não parecer que somos burros nos enganamos chamando estas drogas de remédio.

Quando alguém passa por uma situação onde a morte vem com sua veste de cetim , beija-o na testa mas não o leva, este alguém passa a ser o maior divulgador da "vida", dizendo a todos que temos que amar a "vida" porque ela é bela... dizendo que não existe nada melhor que viver, blá blá blá...

SIM! a VIDA (não a "vida") é maravilhosa! Porém somos todos medíocres e egoístas.

Medíocres porque, apesar de não ter-mos estabelecido um conceito sobre o que é vida, achamos que "vida" é a não "morte", é o fato de estar respirando, comendo e cagando, é o fato de conseguir metabolizar substancias, etc...

Egoístas porque dizemos que merecemos e que devemos viver, mas só pensamos em nós.. humanos... como se apenas nós tivéssemos vida, nenhum outro ser existente na terra tem vida( ou merece tê-la).

Valorizemos a VIDA sim, porque é uma dádiva do Criador do Universo, um presente... mas valorizemos A VIDA e não A "Vida" HUMANA apenas. A mesma vida que habita em nós tem também os animais que nós maltratamos, "matamos", e judiamos covardemente em nome da "superioridade" humana. Também todos os seres "vivos" da natureza terrena, a barata, a cobra, o rato e o gato, são vivos. Só UM que distribuiu a vida no universo, de igual maneira, logos estamos no mesmo grau de importância.

Quando olhar-mos para o próximo(humano) miserável,, para o cachorrinho faminto, o gato manhoso, lembremo-nos que o mesmo D´us que nos fez viver deu esta dádiva a eles também. Tomemos consciência que não somos capazes de fazer viver ( somos até usados para contribuir para a volta da vida em um ser, mas não de criar vida). Todo o horror, o pânico e o temor que sentimos quando estamos a beira da "morte" também sentem os animais, portanto vamos rever alguns vários conceitos de superioridade e ter-mos reverência a vida, seja ela em que forma tiver.

Até porque a VIDA como achamos que é esta muito aquém do que ela realmente é, e o que julgamos ser "morte" talvez seja de fato o nascimento... o vestibular da existência, que funciona como aqueles testes relâmpagos que a professora fazia na escolinha... a qualquer momento você pode ser testado, e se não tiver "afiado" no assunto perde na matéria.

Pratiquemos o amor (Ágape) a toda criatura viva, porque aí nos elevaremos em uma esfera da existência e talvez passemos no vestibular da morte.

"O amor é a lei, amor sob vontade"


Igor Monteiro

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Viver

Viver sem correr riscos e perigos não é viver.... é apenas existir!

Igor Monteiro

sábado, 17 de janeiro de 2009

Regras...

Regras.... as únicas que realmente importam e que são verdadeiramente impossíveis de burlar são apenas duas, uma pra antes de nascer e outra depois do nascimento.

a saber:

antes de nascer ---> vagar
depois de nascer---> morrer


Todas as outras regras podem [e devem] ser quebradas em nome da liberdade


Igor Monteiro

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Ain Soph


tinha em mente nesta madrugada escrever sobre algo que amedronta quase a totalidade das pessoas - a morte - . Pensando neste tema tem uns dias, mas como o impulso cardíaco interior ainda não atingiu o pico máximo digno de escrever aqui ainda não dissertei sobre ela, talvez ainda não seja a hora.

Mais uma vez os pensamentos, os sentimentos e a busca pela sabedoria me direcionaram a buscar mais sobre algo que não compreendemos... algo que não é o velhinho de barbas brancas sentado nas nuvens nem a grande deusa, mas é algo que está acima da coroa da árvore da vida, algo que nos rege a cada instante, porém não ouvimos ou quando ouvimos ignoramos sua "voz" por causa de nossos preconceitos morais/religiosos/sociais.

Preconceitos estes que nos fazem ficar afastados do próximo por causa de sua aparência ou atitudes incompreendidas e desrespeitadas pela dita sociedade. Temos que estar sempre dentro dos padrões, sejam eles quais forem... qualquer corajoso que fuja dos padrões pré-estabelecidos ( sabe-se lá por quem) é imediatamente inferiorizado e excluído.

Aguardando o ônibus pra retornar a minha cidade depois de ter trabalhado no mar ( e recebido ensinamentos da natureza física e cosmológica) vi na pequena rodoviária do Conde dois hippies [dreads nos cabelos, roupas simples, tatuagens, pulseiras, tornozeleiras...] fazendo belos artezanatos com arames retorcidos. Algo dentro de mim me instruiu e praticamente me forçou a encostar neles pra olhar suas obras de arte. Sentei próximo e comecei a ler um bom livro quando numa tentativa de venda dos artefatos um deles me chamou pra perto e iniciamos um breve trialogo (dialogo de 3), depois me sentei no lugar que estava e retomei a leitura. Enquanto lia observava como todos pareciam reprovar os dois, passando em derredor, ficando afastados... até a senhora que distribuia um panfleto de uma ótica distribuiu a todos, exceto aos dois. Só uma senhora que vendia alguma guloseima foi ofertar a eles , bateu um papo la... depois o vendedor de jaca.

O tempo passou e surgiu a oportunidade de eu poder conversar com os dois... ficamos conversando por uns 30 minutos quando o ônibus chegou e eles embarcaram.Então comecei a pensar no porque somos tão mesquinhos, porque renegamos o diferente sem nem mesmo conhecer. Não precisam fazer nenhum mal contra nós, basta fugir das "regras sociais" tendo uma aparência diferente, um modo de pensar e de viver diferente que ja os tomamos como inimigos.

Rastas, hippies, mendigos, loucos, anarquistas, feiticeiros, índios, negros... automaticamente os excluímos sem que eles nos façam absolutamente nada contra nós. E ainda temos coragem de frequentar igrejas, centros, terreiros em busca do Supremo e, cada um em seu segmento, acha que estamos nos aproximando de D´us e nos tornamos semi-donos da verdade absoluta.

A verdade absoluta esta dentro de nós e ao nosso redor, mas muitas éons atraz perdemos a capacidade de enchergá-la e nos ligamos a coisas que de nada valem, que não nos fazem evoluir-mos em nada, a não ser na aparência deste mundo. Ninguém precisa estar na igreja nem no centro, não precisamos de mestres pra nos ensinar magias nem nada... " Sois deuses e não sabeis". Quem passar a ser um observador dos sinais começará a ouvir os ensinamentos... as mensagens estão ao nosso redor a todo instante nos ensinando sobre tudo ( não o tudo deste mundo, mas o tudo referente a existência dele e da força criadora dele) e quem souber ouvi-las se aproximará um pouco mais da compreenção do que não se pode compreender porque Ele em só é um não ser ( é tão supremo que não se limita a existência... a um ser...).

Não somos capazes de enxergar o próximo como uma pessoa a ser respeitada independente de sua aparência e ja tentamos entender como funcionam os buracos negros, como surgem e somem as estrelas e galáxias...

Não procure respostas e principalmente não tente dar respostas ou explicações, mas antes eleve o nível de suas perguntas e esteja atendo porque as respostas ja nos foram dadas.

quanto mais eu busco explicações do que não é o Criador mais eu elevo a compreensão da sua essência e isto é o Ain soph[ilimitado].

04:23, o clarão do sol começa a aparecer no horizonte e agora o sono chegou, breve escreverei novamente.


PS: "Ame ao seu próximo como a ti mesmo"
PS2: "O amor é a lei... o amor sob vontade"

OBS: aos críticos certinhos: As falhas gramaticais do nosso dialeto, a saber-o portugês-, não são corrigidas propositavelmente, pois neste blog o que impera é a liberdade, inclusive a liberdade de quebrar regras, até as gramaticais.

Igor Monteiro

domingo, 4 de janeiro de 2009

Arquivos Históricos III


Salvador, 8 de Junho de 2007


Sinto-me como que em outra dimensão, um turbilhão de sentimentos agitam minhas entranhas quando, ao som do Adagio de Albinoni, vislumbro o nascer da lua, numa cor quase púrpura... surgindo das trevas da noite no horizonte. Ela surge linda e hipnotizante, me fazendo transcender por alguns minutos a algum lugar desconhecido, onde só o que importa é o ser sinestésico.

Desloco-me para um possível futuro, onde encontro-me em um momento de reverência... um funeral... de uma pessoa que amo com um amor tremendo, um amor ágape.

A melodia soa enquanto vejo o caixão descendo ao sepulcro, branco... Coberto com lindas flores... O rosto pálido... Sorriso sereno... Surge um grande aperto em meu peito, e um vazio... Um vácuo... Como se meu coração houvesse sido arrebatado... Restando apenas o vazio.

Meus olhos lacrimejam ao sentir fisicamente a dor de uma perda, perda de uma pessoa querida... o caixão desce lentamente... a paisagem é de desconsolo.

Ao sentir os olhos cheios de lágrimas, embalado pelo lindo Adágio, volto a olhar pela janela o satélite da terra , agora numa tonalidade alaranjada... Subindo lentamente na escuridão... Percebo então que a cena fúnebre fora criada pela imaginação... Talvez uma visão de um futuro... Prefiro crer que seja fruto da mente, devido a um pedido especial da pessoa que na progressão sucumbia na terra dentro de um caixão, que tal melodia fosse o tema do seu funeral.

Experimento diversas sensações inenarráveis... Enquanto a lua sobe e torna-se amarelada, o nó contido em meu tórax se desfaz.... O vazio some a medida que a lua clareia... A lua no seu quarto minguante lembra um lindo e largo sorriso, agora numa tonalidade cristalina... Imponente... Tomando seu lugar de rainha da noite... Iluminando as trevas e me fazendo sentir medíocre diante do seu esplendor.

Fico a contemplar seu sorriso luminescente sem nem uma palavra.... Nem um pensamento... Apenas a reverência e agora o preenchimento no meu peito de um sentimento de felicidade, de gozo, de êxtase, pareço estar em estágio Alfa... Ainda flutuando em uma realidade espiritual pouco compreendida.

Já não a vejo mais pela minha janela, está se dirigindo ao cume do céu negro... De forma repentina sou arrebatado de volta ao meu corpo e surge um pensamento que me traz humildade espiritual...

Ela... Linda... Parecendo um cristal... Esplendorosa... A dama da noite ilumina a tudo e a todos, embora falte algo.... O outro quarto da lua para que ela esteja cheia... Completa!

Observando-a neste estado lembro-me que também me falta algo para que me sinta completo.... Existe um vazio que , assim como na lua, em algumas fases é revelado, provavelmente este vazio seja originado da abstinência química dos compostos liberados naturalmente quando amamos verdadeiramente, aquele frio na barriga... A ansiedade... A saudade... Percebo que tal falta se faz necessária... assim posso sonhar... esperar... sobra espaço para observar as coisas simples e rotineiras, como o nascer da lua... O acordar... O respirar... O abraço apertado... O olho no olho... O beijo... Tais coisas foram feitas fúteis por nós... Humanos medíocres, sem amor, sem tempo e sem empatia.

Oxalá que em todos surja um vazio, pois neste vazio a razão cede e a sinestesia aumenta, tornando-nos sensíveis ao ponto enxergar que tempo e espaço são inconstantes... e que apenas o passado não pode ser alterado, sendo-nos permitido apenas visitar como espectadores.

Na tristeza e na solidão somos solidários, pensamos no próximo, sentimos uma falta... Talvez a falta de doar mais amor incondicional, de ser mais empáticos.

Que possamos ser como a lua minguante, que apesar de não estar completa, ilumina a todos e aguarda paciente o tempo certo do que a completa, e enquanto espera, doa. Que possamos ser filtrados a cada dia como a cor da lua é filtrada a cada instante, a medida que evolui no céu, iluminando cada vez mais, passando do quase púrpura ao branco-azulado.


Aguardo o próximo nascer da lua, púrpura... dilatada... e linda!




Igor Monteiro.

Arquivos Históricos II



São exatamente 03:58 da madrugada de 28 de Fevereiro de 2008, o sono não me acha, aliás.. tanta coisa não me acha... Ao olhar pela janela contemplo os sons da madrugada, cercada com uma atmosfera misteriosa, temerosa, vazia. Nada de buzinas, máquinas, carros.. apenas o som do forte vento lutando contra a estabilidade das folhas das árvores... imitando a chuva.

Na madrugada, ou melhor, no silencio da madrugada é quando consigo escutar com melhor precisão os meus sentimentos. Sim, eles gritam em meu universo interior, no vazio que sinto esta noite. Um sentimento lúgubre, onde os medos se expressam e a esperança sucumbe. Já fui traído pela esperança, e isto foi a gênese de mais um de meus muitos medos inexprimíveis. Neste momento parece que até a fé me abandonou...me deixando a sós com a madrugada e o som do vento nas folhagens... nesta atmosfera misteriosa e aterrorizante.

Ah... Quisera eu entender os meus próprios sentimentos... meus medos... Neste momento vejo a minha fraqueza, creio que minha única fraqueza, uma vulnerabilidade sentimental que me torna submisso. Ó esperança, porque me abandonastes neste instante? Ó fé, porque enfraquecestes?
Medíocre sou eu neste instante, sem fé... sem esperança... sem amor. Apenas existindo... sem razão.. sem porque.

Estaria eu sonhando? Seria a vida um sonho, e os sonhos o céu? Talvez...nos sonhos somos deuses... onipotentes...oniscientes...onipresentes... Queria eu que ao menos o sono viesse me beijar neste momento, para que eu virasse deus no meu paraíso... eu, na minha onipresença, já teria endereço certo a visitar nesta madrugada. Visitaria o leito da mulher que até o momento tem me feito ter fé na esperança, ela que me fez encontrar a renascença sentimental...Acariciaria seu rosto meu minhas mãos divinas, afagaria seus cabelos... velaria por ela, contemplaria o seu sono como quem contempla um tesouro.


Neste momento surge o medo. Estaria eu apenas momentaneamente a amar? Seria novamente traído pela esperança? Ou pior... seria traído pelos meus sentimentos? Temo a extinção repentina deste amor, temo a não reciprocidade... temo me machucar novamente, pois, se isto ocorresse certamente o meu lado mais sublime, desapareceria, me endureceria de tal pondo que talvez não fosse capaz de amar e esqueceria como ser amado. Me analisando neste momento percebo que não há sentimento algum senão o medo. Amor, Esperança e Fé, a trindade que justifica a vida, e neste momento as três me desampararam.. assim como o sono. Não sinto o amor...nao tenho esperança nem fé e nem consigo me endeusar no paraíso dos meus sonhos, pois a falta de sono me aprisionou aki, nesta madrugada silenciosa e vazia.

Já são 04:35 da madrugada... deitarei meu corpo na súplica pelo sono, onde serei deus por alguns instantes, e sendo deus poderei ordenar que a fé e a esperança voltem a habitar meu ser... e com a fé e a esperança em mim sentirei o amor... ao menos no sonho.


Igor Monteiro

Arquivos Históricos


Na série arquivos históricos vou postar coisas que escrevi em tempos anteriores, coisas esta que, devido a minha grande [des]organização se encontram em papeis avulsos, algum pedaço de papel esquecido la no fundo da gaveta... naquela folha daquele caderno velho... enfim.

***

Salvador, 19 de outubro de 2007 – 02:42 am

Falta-me o sono! Apesar de sentir o relaxamento do meu corpo sobre a cama, as pálpebras pesadas, os olhos ardem, mas não consigo parar de pensar. O pior é que não penso em um assunto específico, meus pensamentos parecem estar em um oceano no meio de uma tempestade, numa tormenta. Ouço o silêncio e o ruído da madrugada com um vazio no peito. Justamente este vazio que me incomoda, pareço oco, não sei o que me falta... Talvez tenha perdido algo que habitava dentro de mim. A razão diz que

Deus está comigo, mas a emoção já não O sente, sim... já senti Deus dentro de mim. Desejo ter alguém que me faça sentir uma compulsão de ligar para ouvir a voz... de escrever cartas de amor...de simplesmente sentir que tenho alguém. Não é de uma pessoa específica que sinto falta...creio que sinto falta de amar alguém. Já amei alguém e pude experimentar o doce gosto do fel, o sofrimento que alegra, a compulsão de amar! Sim, isto que me falta, o Amor! Não o amor de alguém pra mim, mas o meu amor por alguém. Os olhos já pesam mais. Vou deitar e relaxar o corpo, e descansar os olhos, mas vazio! Será que serei capaz de amar novamente? Só o tempo dirá.

Tenho a certeza de que posso ter quem eu quiser... conheço as ferramentas da sedução, embora não me agrade usa-las sempre, não nasci para isso, para ter muitas mulheres. Quero apenas a que me fará tremer as pernas, a que fará minhas entranhas remexerem e meu tórax se encher novamente.

Nasci mais para amar, embora deseje ser amado com a mesma intensidade e, a única certeza que tenho é que se não for capaz de amar novamente, não serei capaz de ser feliz.

03:02 da madrugada, tentarei dormir e esquecer do vazio no peito, pelo menos até a próxima noite.


Igor Monteiro




sephirot


bem... é de madrugada, estou morrendo de sono mas meus pensamentos estão a todo vapor, e como não tenho certeza que eles não me abandonarão amanhã resolvi transcrever.

Hoje meu amigo Bruno me contou sobre uma reflexão sua..ele disse: "estive filosofando e cheguei a conclusão que o homem busca sempre o melhor, nunca tá satisfeito e percebe o que tinha quando perde". Foi mais ou menos isto, não com estas exatas palavras, mas a ideia foi esta, e no carro me surgiu um pensamento do qual eu exteriorizei: " O homem e sua eterna busca pelo supremo".

Empregos, companheiros(as), carros, roupas, amigos... nunca estamos satisfeitos, queremos sempre algo melhor, algo que acreditamos que suprirá todas as necessidades, sempre com o sentimento de falta buscamos algo superior... uma namorada melhor... uma filosofia melhor... uma nova religião que supra o vazio que sempre existe lá no fundinho da nossa'alma, uma explicação pra tudo ou uma pergunta.

Se pensar-mos nas coisas vãs que lutamos ou buscamos em nossas vida ficamos deprimidos. Partindo das coisas mais cretinas vem o dinheiro, o desejo de ter dinheiro(quanto mais, melhor.. você se sente um deus...) depois a necessidade de ser aceito e reconhecido como o bom em algo ou em alguma situação... isto ainda na esfera materialista. Partindo um degrau acima tem os cientistas, que procuram entender e manter o funcionamento da natureza e das propriedades físicas e químicas do nosso planeta, somos taxados de loucos, porque percebemos e aprendemos o primeiro livro criado pela palavra... a natureza e a luz.

Pulando mais um degrau acima surge a parte espiritual: religiões fundamentalistas, ortodoxas, seitas secretas, candomblé, wicca, etc...etc... todas captaram e entendem uma fração mínima ( talvez menor que um quark de atomo) de uma existência muito maior do que a que nossos olhos podem ver. Seres espirituais... anjos.. demônios... inicia-se ai o entendimento de que somos merda... quase nada e que o "supremo"é inimaginável pra nós.

Em pensar que descobrimos que existem partículas subatômicas que não são matéria, mas formas de energia que surgem "do nada" e somem "pro nada" e que juntas elas formam outras partículas energéticas e que estas outras partículas se juntam pra criar os átomos, dos quais literalmente tudo no universo é constituído. A física prova a existência de muitas outras dimensões, a mais próxima é a quarta dimensão, porém, uns poucos (ainda bem que fui privilegiado) conseguem entender a sua existência e "enxergá-la". "Buracos de minhocas" transportando átomos a lugares diferentes e a tempos diferentes, expansão do universo, Big Bang.

É constrangedor perceber o tamanho da nossa insignificancia perante a força que idealizou e criou o lugar do qual nosso universo é apenas um pedacinho escuro dentro.É constrangedor achar que temos poderes adquiridos por alguma forma de magia.. feitiço.. manipulação energética.. ciência.. e saber que o que manipulamos é uma fração com trilhões de zeros antes do numero "1" e depois da vírgula (ex: 0, 000 (n...)1 %)

Vejo apenas uma falha no mito da caverna de Platão: O que consegue ver o mundo fora da caverna, e inicia o entendimento da existência dele, quando volta a caverna para alertar aos outros não encontra palavras para se expressar, de forma que o que ele consegue falar não é de fato o que ele viu. Talvez seja proposital, como na construção da torre de babel a confusão das línguas.

A nossa busca pelo eterno supremo talvez seja a luz no fim do túnel que nos indica que existe algo incompreensível ao nosso humilde cérebro. Tadinhos de nós...não usamos nem a metade do potencial dele.

E ainda nos preocupamos em querer futilidades como ter bens materiais, aprender magia, converter os outros, seguir regras, e o pior... nos preocupamos em ganhar dinheiro pra ser-mos divindades em nosso mundinho escuro. Somos deuses, basta observar-mos os sinais energéticos que nos são mandados por um força que, de tão poderosa, não compreendemos, mas que podemos ter uma breve idéia de sua existência e que através da graduação da luz revela nossa insignificancia. Muitos adoram os degraus da luz achando que é o criador da luz...prova da nossa insignificancia.


por aqui eu fico porque eu e meu pensamendo estamos dessincronizando, e já não é mais possível acompanhar o que minha cabeça fala em meu ouvido.Deixo só mais uma reflexão:

Na verdade não somos nós que estamos na eterna busca do supremo, mas a falta dele dentro de nós que nos faz entender que ele existe e daí surge a necessidade do re-encontro com ele. Então não nos apeguemos a coisas inúteis porque... até o maior sábio de maior grau da maior ordem estudiosa sobre o assunto ainda é nada diante do supremo e seu conhecimento ainda tem trilhões de zeros a esquerda na porcentagem.


PS: o supremo é muito mais supremo do que você pensa.. é inimaginável.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Ano novo... metas novas


2009 chegou e nas reflexões de vida durante a virada anual do calendário tracei algumas metas e novos direcionamentos para a vida... a partir do ano corrente. Reaprender a tocar gaita... voltar a mergulhar... Aprender a surfar... dentre algumas coisas que coloquei como meta, e uma destas coisas é a criação de um blog, onde eu possa, vez ou outra, escrever meus pensamentos as vezes filosóficos... as vezes anárquicos... as vezes certinhos.

Iniciei bem o ano, pois todas as principais metas para este ano estão ao meu alcance e uma das primeiras é esta, o blog.

Colocarei pensamentos, ideias, crenças, coisas novas ou coisas que tenho guardadas em papeis avulsos, enfim... talvez um dia eu fique famoso e deste blog saia um livro, ou pelo menos servirá como minhas memórias quando eu morrer.

como a ordem é o que menos importa, não respeitarei nenhuma regra, nem mesmo as ortográficas (com ou sem reformas), de forma que, se algum comentário , reflexão, elucubração parecer confusa, é proposital.