quarta-feira, 15 de junho de 2016

nos antônimos dos brancos e dos retos está a esperança





Dedico esta mensagem a juventude dos nascidos a partir de 80, sobretudo, justmente os que optaram por não resistir a ilusões eu centristas e imediatistas desta era. 

Optamos em dedicar-nos ao imediatismo de produções de bens de consumo e de ativos especulativos, reduzindo a própria existência em algo fútil e substituível como máquinas em uma linha de produção, e passamos a acreditar que ser humano é ter mais que o outro para gastar com coisas vãs e/ou pior, passamos a acreditar que é necessário "juntar" para ser algo no sistema e quem não tem não é nada.

Por não ter aproveitado a justiça da liberdade do pensar, com que fomos agraciados, para nos aprofundar em busca de entendimentos e estudos pautados em assuntos que se relacionassem unica e diretamente a beleza e a melhoria da VIDA, viramos uma geração oca de ideais, de moral e de ética, lutamos por futilidades e, pior, lutamos pelo direito de nos tornar cada vez mais ferramentas inviventes para que uma minoria possa desfrutar da vida as nossas custas.

Senhores e senhoras decréptos bestiais, resilientes ao diferente e ufanistas de uma moral de aparências que nunca existiu no âmago, mas era socialmente bem apresentável, apoveitaram a mecanização do pensar da juventude livre, e tiraram da latência velhos conceitos morais (de aparências) injetando-os em mentes perdidas unicamente no imediatismo das aparências.

 É possível observar os "sorrisos de Hiena" de uma maioria que viveu inerte na era obscura, e agora revelam que são nada mais que zeladores de retrocessos.

Fomos iludidos com o material e a concorrência pelo TER , e reduzimos talvez nossa própria existência e capacidade cognitiva ao simples modelo quadrado de produzir mais pra ter mais e agir sem pensar, tal como qualquer máquina irracional,  para que uns poucos possam desfrutar do privilévio de viver fora da Matrix.

Da geração anterior...os que não morreram são ridicularizados e achacados,  e os que viveram sem glórias, buscam  e incitam agora ao fim de suas vidas (depois de terem tido a oportunidade de viver humanisticamente em suas infâncias) algo imediatista, para que talvez morram achando que se transformaram em alguém, por TER e não por SER.

A juventude...que preferiu apoiar o tinir dos metais banhados a teflon, nós... que teremos (nem todos) pelo menos mais 40 décadas de vida, teremos que conviver com cada vez mais as mudanças usurpadoras de VIDA, e a cada vez menos a liberdade de ser...humanos!

Assim como "damos" mais valor a ilusões materiais em detrimento de dignidade da VIDA, inclusive de outrem, lembre-mo-nos daqui a 20 ou 30 anos, quando não teremos tanto o "vigor" jovial para produzir nesta linha de produção ilusória e imediatista, que seremos "os outros" daqueles que herdaram  tempos de nossas vidás sem perder a própria....

Que tenhamos ao menos a dignidade no futuro de reconhecer que o esquecimento, a fome, a desumanização foi um clamor "nosso" para sustentação de um modelo que nunca nos aceitou, apenas nos usou. Comparativamente, "amanha" serão os ditos vagabundos que bravejam hoje, sem direitos, sem respeito e sem solidariedade.

Mas uns, não chegarão a tanto, pois remará contra a correnteza até a reverter, ou até que partam para a liberdade  fora deste grilhão.


Igor Monteiro

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