domingo, 4 de janeiro de 2009

Arquivos Históricos


Na série arquivos históricos vou postar coisas que escrevi em tempos anteriores, coisas esta que, devido a minha grande [des]organização se encontram em papeis avulsos, algum pedaço de papel esquecido la no fundo da gaveta... naquela folha daquele caderno velho... enfim.

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Salvador, 19 de outubro de 2007 – 02:42 am

Falta-me o sono! Apesar de sentir o relaxamento do meu corpo sobre a cama, as pálpebras pesadas, os olhos ardem, mas não consigo parar de pensar. O pior é que não penso em um assunto específico, meus pensamentos parecem estar em um oceano no meio de uma tempestade, numa tormenta. Ouço o silêncio e o ruído da madrugada com um vazio no peito. Justamente este vazio que me incomoda, pareço oco, não sei o que me falta... Talvez tenha perdido algo que habitava dentro de mim. A razão diz que

Deus está comigo, mas a emoção já não O sente, sim... já senti Deus dentro de mim. Desejo ter alguém que me faça sentir uma compulsão de ligar para ouvir a voz... de escrever cartas de amor...de simplesmente sentir que tenho alguém. Não é de uma pessoa específica que sinto falta...creio que sinto falta de amar alguém. Já amei alguém e pude experimentar o doce gosto do fel, o sofrimento que alegra, a compulsão de amar! Sim, isto que me falta, o Amor! Não o amor de alguém pra mim, mas o meu amor por alguém. Os olhos já pesam mais. Vou deitar e relaxar o corpo, e descansar os olhos, mas vazio! Será que serei capaz de amar novamente? Só o tempo dirá.

Tenho a certeza de que posso ter quem eu quiser... conheço as ferramentas da sedução, embora não me agrade usa-las sempre, não nasci para isso, para ter muitas mulheres. Quero apenas a que me fará tremer as pernas, a que fará minhas entranhas remexerem e meu tórax se encher novamente.

Nasci mais para amar, embora deseje ser amado com a mesma intensidade e, a única certeza que tenho é que se não for capaz de amar novamente, não serei capaz de ser feliz.

03:02 da madrugada, tentarei dormir e esquecer do vazio no peito, pelo menos até a próxima noite.


Igor Monteiro




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